Passamos uma vida inteira procurando a Felicidade, e muitas vezes na falta de um propósito maior acreditamos que os bens materiais podem preencher esta lacuna, e trazer mais felicidade para a nossa vida.
O artigo que vou compartilhar com você, da jornalista norte-americana Janet Periat, resume o comportamento da sociedade atual em relação ao ato de consumir, e o quanto isso nos afasta cada vez mais da nossa verdadeira essência.
Eu posso dizer para você que hoje aprendi que é preciso muito pouco para ser Feliz, a sensação de estar contribuindo para um mundo melhor, mesmo que seja apenas para o mundo das pessoas que Amamos (família, amigos, etc..), é o que traz a verdadeira felicidade para nossa vida!
“Tranqueira (junk em inglês) é a nova religião. O anseio por tranqueira, a expectativa de comprar a mais nova tranqueira, a exibição de uma nova tranqueira. Tranqueira, tranqueira, tranqueira, no mundo todo é isto.(…) Atualmente, a Índia e a China estão entrando nesse clube e advinhe? Eles também querem tudo: novos celulares, carros, jóias – as pessoas desejam o que quer que apareça na TV. E elas querem isto JÁ.
A maioria de nós tem mais dívidas do que bens. Todos temos grandes dívidas no cartão de crédito. A poupança nunca esteve tão baixa (…) Isso deve-se fundamentalmente à nossa mania de querer . Ou ao tenho-que-ter. A maior parte das nossas dívidas pode ser vista nas prateleiras de casa e garagem. A minha está cheia de tranqueiras, minhas prateleiras estão cheias, minhas gavetas estão cheias, (…) estou encalhada nelas.
Nenhum dos meus pertences jamais me tornou realmente feliz. Talvez por uns 10 minutos, enquanto eu estivesse considerando comprar aquilo. Certamente a compra é excitante. Levar pra casa um novo pertence é regozijador, mas no dia seguinte, a coisa nova que eu comprei é agora usada. Eu já brinquei com ela. Já a exibi para os amigos. Aí eu a enfio numa prateleira, onde agora acumula poeira. E para que? O que posso exibir em troca do meu dinheiro suado? Um bagulho de plástico(…) que fica empoeirado ali na prateleira, me insultando: -Me limpe! Me embrulhe! Faça algo comigo! Isto é ridículo.
(…) O constante bombardeio de publicidade nos provocou uma lavagem cerebral, fazendo-nos acreditar que somos insuficientes. A única maneira de abrandar a nossa sensação de vazio é nos encher até a boca de tranqueira.(…)
Há 2 gerações, a igreja era o centro da vida social das pessoas. Agora quem faz este papel é o shopping. Nós nos tornamos seguidores de uma religião secular de compradores. As futuras gerações vão desenterrar ruínas das lojas Targets e Wal-Marts pensando que eram antigos templos de adoração. E eles estarão corretos (…)
O sentido da vida não deveria estar em quinquilharias e bugigangas, mas em nosso relacionamento com os outros e no esforço criativo que celebra a nossa singularidade. Deveríamos estar cultuando a Terra e a Deus, não nossos bens. A vida não deveria ser consumida pelo consumismo (…)”
Janet Periat
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